sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Duna – Frank Herbert

Editora: Aleph

Série: Duna

Sinopse: A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de Arrakis, o Planeta Deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos. Ecos de profecias ancestrais também o cercam entre os nativos de Arrakis. Seria ele o eleito que tornaria viáveis seus sonhos e planos ocultos?

Meu primeiro contato com Duna foi de madrugada, no Corujão, quando estavam passando a adaptação para o cinema do primeiro livro da série feita em 1984. Com certeza aquela “loucura” representada na tela prendeu minha atenção. Muitos anos depois fiquei sabendo que não era um filme qualquer e sim a adaptação de uma série de seis livros. Logo esse livro entrou para minha última wishlist de aniversário. E para minha grande felicidade eu ganhei de presente o primeiro volume de um amigo.

Não vou mentir para vocês, o livro é enorme. Ele tem 543 páginas em uma versão com páginas amarelas e com uma letra pequena. Quando vi o tamanho da letra me deu um certo desespero, mas não o foi maior que o desespero que senti quando comecei a ler e vi que a linguagem do livro era bem mais formal com a qual estou acostumada e além disso com termos próprios que não são explicados no rodapé. Quando estava chegando ao final do livro percebi o glossário no final do livro (fala sério né?! Rsrsrs). Sofri um pouco para me acostumar com aqueles termos sem terem significado certo para mim até que finalmente começaram a ter significado.

O livro é divido em três livros: Duna, Muad’Dib e O Profeta. Cada livro conta uma fase da vida de Paul Atriedes. Ele é o personagem principal, mas a sua mãe Jéssica e sua irmã que de fato só aparece no último livro ganham muito espaço também. Esse não é um livro de romance, não esperem aquelas cenas cheias de amor e tal... É mais dramático, político e religioso do que romântico. Paul tem seu par romântico, a Chani, mas ela só aparece no final do livro Muad’Dib e a relação deles não é tão exposta assim.


O que mais me fez gostar do livro foi exatamente a política (tá certo, não me internem rsrsrs), pessoas próximas a mim sabem como detesto política, mas as coisas nesse livro giram sempre em torno de política e ela vai acaba trilhando muitos caminhos, como golpes, sofrimentos e mortes. Se tem alguma palavra que possa definir esse livro, ela seria intenso.

Paul não é chato, na verdade é muito interessante e sempre preocupado em evitar um Jihad (guerra religiosa), enquanto sua mãe tenta manter a segurança para seus filhos o máximo que pode. A família do Duque Leto (pai de Paul) é extremamente horrada, podemos ver na relação que o Duque tem com seus homens de confiança o tanto que é valoroso. Mas a família Atriedes tem os Harkonnens (outra família poderosa) como inimigos declarados. Infelizmente, dentro desse contexto, o Imperador Padixá toma partido dos Harkonnens e é quando todo o desenrolar para que Paul se torne um líder conhecido e admirado acontece.

Então temos uma briga de famílias poderosas ao mesmo tempo em que há a mudança da família Atriedes para o planeta Arrakis e o aprofundamento de conhecimento do povo chamado Fremen que vive no deserto e ninguém sabe ao certo como vivem e quem são. Logo seus costumes religiosos ganham atenção na leitura já que eles têm a profecia de que alguém chegará e que os libertará. A religião deles é muito importante e interfere diretamente na política, mais sobre isso não posso falar se não perde a graça.

No geral gostei muito do livro, ele é ambientando numa realidade que seria depois de uma futura guerra mundial contra a Inteligência Artificial (AI) e os que restaram voltaram a reconstruir a sociedade nos moldes mais feudais, com famílias influentes e imperadores. Mas não se restringiam apenas a Velha Terra (antigo planeta Terra) e sim a vários outros planetas.

Quero fazer um paralelo sobre a adaptação para o cinema e o livro, achei o filme fiel em muitos termos, principalmente nos diálogos, caracterização de personagens, ambientação dos lugares e vestimentas. Porém, quando se trata dos vilões (a família Harkonnen) foi extremamente exagerado e fantasioso, o filme não precisava disso. E realmente isso me desagradou. A repercussão do filme foi ruim na época do lançamento, infelizmente aquele ano não foi um bom ano para o autor da obra, ele perdeu sua esposa, o filme fracassou (apesar de ele ter gostado), ao mesmo tempo em que sua obra ganhou muita projeção internacional. Agora sobre a minissérie feita anos depois eu não posso dizer nada, já que não a vi.


O livro me conquistou, vou com certeza ler todos os outros volumes e postar a resenha para vocês, mas ainda não sei quando já que todos são enormes rsrsrs.


6 comentários:

  1. Não conhecia esse livro, mas pela sua resenha parece ótimo!
    Boa semana!
    Fica com Deus!
    Beijo!

    http://nannafonseca.blogspot.com.br

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    1. É sim Nanna! Muito bom! A leitura vale a pena.
      Bjo e fique com Deus também.

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  2. Oi
    Gostei da resenha e não conhecia esse livro ele até chamou minha atenção
    mais desanimei quando eu li sobre a linguagem do livro, mais deve ser facil de se acostumar e que bom que ganhou ele.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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    1. No inicio é difícil, mas depois fica bem tranquilo. O bom é que é bem detalhista.
      Bjoss

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  3. Oi! Eu já havia visto o livro , mas nunca lido uma resenha, confesso que não seria lago que eu leria agora, mas não descarto no futuro, quem sabe eu confira o filme antes. Dica anotada.

    Bjos!! Cida
    Moonlight Books


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    1. Oi Cida! Eu colocaria ele na categoria dos livros d Senhor dos Anéis. Pq ele é bem detalhista.
      Bjoss

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