Editora: Aleph
Série: Duna
Sinopse: A vida do jovem
Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher
misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao
ambiente árido e severo de Arrakis, o Planeta Deserto. Envolvido numa
intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de
herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que
vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos. Ecos de
profecias ancestrais também o cercam entre os nativos de Arrakis. Seria ele o
eleito que tornaria viáveis seus sonhos e planos ocultos?
Meu
primeiro contato com Duna foi de madrugada, no Corujão, quando estavam passando
a adaptação para o cinema do primeiro livro da série feita em 1984. Com certeza
aquela “loucura” representada na tela prendeu minha atenção. Muitos anos depois
fiquei sabendo que não era um filme qualquer e sim a adaptação de uma série de
seis livros. Logo esse livro entrou para minha última wishlist de aniversário.
E para minha grande felicidade eu ganhei de presente o primeiro volume de um
amigo.
Não
vou mentir para vocês, o livro é enorme. Ele tem 543 páginas em uma versão com
páginas amarelas e com uma letra pequena. Quando vi o tamanho da letra me deu
um certo desespero, mas não o foi maior que o desespero que senti quando
comecei a ler e vi que a linguagem do livro era bem mais formal com a qual
estou acostumada e além disso com termos próprios que não são explicados no
rodapé. Quando estava chegando ao final do livro percebi o glossário no final
do livro (fala sério né?! Rsrsrs). Sofri um pouco para me acostumar com aqueles
termos sem terem significado certo para mim até que finalmente começaram a ter
significado.
O
livro é divido em três livros: Duna, Muad’Dib e O Profeta. Cada livro conta uma
fase da vida de Paul Atriedes. Ele é o personagem principal, mas a sua mãe
Jéssica e sua irmã que de fato só aparece no último livro ganham muito espaço
também. Esse não é um livro de romance, não esperem aquelas cenas cheias de
amor e tal... É mais dramático, político e religioso do que romântico. Paul tem
seu par romântico, a Chani, mas ela só aparece no final do livro Muad’Dib e a
relação deles não é tão exposta assim.
O
que mais me fez gostar do livro foi exatamente a política (tá certo, não me
internem rsrsrs), pessoas próximas a mim sabem como detesto política, mas as
coisas nesse livro giram sempre em torno de política e ela vai acaba trilhando
muitos caminhos, como golpes, sofrimentos e mortes. Se tem alguma palavra que
possa definir esse livro, ela seria intenso.
Paul
não é chato, na verdade é muito interessante e sempre preocupado em evitar um
Jihad (guerra religiosa), enquanto sua mãe tenta manter a segurança para seus
filhos o máximo que pode. A família do Duque Leto (pai de Paul) é extremamente
horrada, podemos ver na relação que o Duque tem com seus homens de confiança o
tanto que é valoroso. Mas a família Atriedes tem os Harkonnens (outra família
poderosa) como inimigos declarados. Infelizmente, dentro desse contexto, o
Imperador Padixá toma partido dos Harkonnens e é quando todo o desenrolar para
que Paul se torne um líder conhecido e admirado acontece.
Então
temos uma briga de famílias poderosas ao mesmo tempo em que há a mudança da
família Atriedes para o planeta Arrakis e o aprofundamento de conhecimento do
povo chamado Fremen que vive no deserto e ninguém sabe ao certo como vivem e
quem são. Logo seus costumes religiosos ganham atenção na leitura já que eles
têm a profecia de que alguém chegará e que os libertará. A religião deles é
muito importante e interfere diretamente na política, mais sobre isso não posso
falar se não perde a graça.
No
geral gostei muito do livro, ele é ambientando numa realidade que seria depois de
uma futura guerra mundial contra a Inteligência Artificial (AI) e os que
restaram voltaram a reconstruir a sociedade nos moldes mais feudais, com
famílias influentes e imperadores. Mas não se restringiam apenas a Velha Terra
(antigo planeta Terra) e sim a vários outros planetas.
Quero
fazer um paralelo sobre a adaptação para o cinema e o livro, achei o filme fiel
em muitos termos, principalmente nos diálogos, caracterização de personagens,
ambientação dos lugares e vestimentas. Porém, quando se trata dos vilões (a
família Harkonnen) foi extremamente exagerado e fantasioso, o filme não
precisava disso. E realmente isso me desagradou. A repercussão do filme foi
ruim na época do lançamento, infelizmente aquele ano não foi um bom ano para o
autor da obra, ele perdeu sua esposa, o filme fracassou (apesar de ele ter
gostado), ao mesmo tempo em que sua obra ganhou muita projeção internacional. Agora
sobre a minissérie feita anos depois eu não posso dizer nada, já que não a vi.
O
livro me conquistou, vou com certeza ler todos os outros volumes e postar a
resenha para vocês, mas ainda não sei quando já que todos são enormes rsrsrs.
Não conhecia esse livro, mas pela sua resenha parece ótimo!
ResponderExcluirBoa semana!
Fica com Deus!
Beijo!
http://nannafonseca.blogspot.com.br
É sim Nanna! Muito bom! A leitura vale a pena.
ExcluirBjo e fique com Deus também.
Oi
ResponderExcluirGostei da resenha e não conhecia esse livro ele até chamou minha atenção
mais desanimei quando eu li sobre a linguagem do livro, mais deve ser facil de se acostumar e que bom que ganhou ele.
momentocrivelli.blogspot.com.br
No inicio é difícil, mas depois fica bem tranquilo. O bom é que é bem detalhista.
ExcluirBjoss
Oi! Eu já havia visto o livro , mas nunca lido uma resenha, confesso que não seria lago que eu leria agora, mas não descarto no futuro, quem sabe eu confira o filme antes. Dica anotada.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books
Oi Cida! Eu colocaria ele na categoria dos livros d Senhor dos Anéis. Pq ele é bem detalhista.
ExcluirBjoss