Crônica: O leão, a feiticeira
e o guarda-roupa
Série: As Crônicas de Nárnia
Editora: WMF Martins Fontes
Sinopse: Conta
a história sobre as aventuras de quatro irmãos na Inglaterra assolada pela
Segunda Guerra Mundial, quando eles entram no mundo de Nárnia através de um
guarda-roupa mágico, enquanto brincavam de 'esconde-esconde' na casa de campo
de um professor idoso. Lá, as crianças descobrem uma terra encantadora e
tranquila, porém condenada pela bruxa malvada a viver num inverno sem fim. Guiadas
pelo seu nobre governante, o leão Aslam, as crianças lutam para anular o poder
da bruxa sobre Nárnia.
O
menino Digory que conhecemos na primeira crônica cresceu e se tornou professor,
indo morar em uma zona afastada de Londres. Em pleno campo morava com uma
governanta e três criadas num imenso casarão. Numa noite recebeu quatro
crianças que passariam uma temporada com ele enquanto havia guerra e
consequentemente, ataques aéreos em Londres.
Lúcia, Susana, Pedro e Edmundo juntos em Nárnia pela primeira vez |
Pedro,
Susana, Edmundo e Lúcia logo perceberam a imensidão da casa e o tanto que a
governanta era rigorosa. Em dias chuvosos tentavam brincar na própria
residência, em dias luminosos faziam jogos ao ar livre. Em um desses dias
chuvosos Lúcia encontrou um guarda-roupa em uma sala vazia que a levou para o
fabuloso mundo de Nárnia. Conhecendo o fauno Sr. Tumnus, e travando com ele
logo uma amizade. Infelizmente Sr. Tumnus trai a confiança de Lúcia e informa a
feiticeira branca sobre a presença de humanos em Nárnia. Para se redimir tira
ela de Nárnia em segurança. Essa feiticeira é a mesma que ficou em Nárnia na
primeira crônica e se chamava Jadis. Ela condenou Nárnia a um inverno sem fim,
e sem natal.
Quando
Lúcia retornou seus irmãos não acreditaram nela até que por uma situação mais a
frente seu irmão Edmundo acabou indo parar em Nárnia. Apesar de voltarem juntos
de Nárnia, Lúcia e Edmundo, na segunda visita de Lúcia ao Sr. Tumnus, ele negou
toda a verdade. Na realidade ele havia conhecido a feiticeira e feito um acordo
com ela.
Na
terceira visita acidental a Nárnia é quando a aventura de fato começa. E é
quando o caráter de cada uma das crianças é testado. Eles não tinham um
relacionamento muito bom como irmãos. Discutiam, não eram tão unidos, mas ainda
assim eram irmãos e estavam sempre tentando cuidar uns dos outros.
Principalmente Pedro e Susana, os mais velhos. Com a presença deles em Nárnia a
profecia começava a se cumprir, chegando também o natal.
Durante
todo o inicio da história Edmundo se mostra incrivelmente incessível e
totalmente egoísta. Não pensava no bem estar de ninguém além do seu, muito
menos de seus irmãos. Era visível a inveja nutrida sobre Pedro, por isso
qualquer intervenção de seu irmão mais velho não era bem recebida. Com o
coração cheio de sentimentos ruins não conseguia sentir a luz e a paz que até
mesmo o nome de Aslam trazia para todos, inclusive para seus irmãos. Só as
pessoas ruins se incomodavam ou sentiam repulsa. Mas Edmundo não era ruim,
apenas estava confuso. O que se pode notar é que ao ouvir o nome de Aslam ou se
encontrar com ele, as pessoas e seres viam a sua própria deficiência, seus
defeitos, então isso os tornava com raiva ou submissos a algo maior que eles.
Quando
Edmundo vê a feiticeira branca transformar vários animais que estavam
comemorando o natal em estátua é quando realmente percebe que as coisas estão
erradas. Chega a clamar por clemência para os animaizinhos, porém não é ouvido,
pelo contrário é duramente repreendido pela feiticeira. Nessa parte do livro
seu coração e mente começa a passar por uma transformação. A maturidade chega e
seus pensamentos de criança e conceitos errados são lançados por terra. Então
ele começa a apreciar a beleza de Nárnia, a luz entra em seu coração e tudo
ganha cor e vida. A frieza e escuridão viram passado para ele.
Tem
uma parte muito interessante que fala sobre a feiticeira, quando o acampamento
dela é atacado para Edmundo ser salvo, ela dá aparência daquilo que não é como
se fosse. Ela se camufla e ninguém a vê, e acabam vendo algo que não é
verdadeiro. E nesta parte encontramos uma das muitas metáforas de C. S. Lewis.
Temos que ter cuidado e saber discernir o que é verdadeiro do que é falso.
O
livro todo está cheio de metáforas e isso é um grande aprendizado para as
crianças. Questões de ética, caráter, boas ações, ajuda ao próximo são
amplamente abordadas e incentivadas a sua prática.
Os irmãos prontos para a batalha |
A
adaptação cinematográfica feita pela Disney em parceria com os estúdios Walden
Media dirigida por Andrew Adamson foi lançada em 2005, tendo sido um sucesso.
Usaram um orçamento de 180 milhões com um retorno de mais de 745 milhões. Como
havia visto o filme antes, agora posso comparar que eles mudaram poucas coisas
e foram extremamente fiéis. Claro que é impossível retratarem tudo com
fidelidade e que cortaram alguns pedaços, mas nada que prejudicasse o conteúdo
ou o que Lewis queria passar com a história. O fato é que no filme não podemos
sentir tanto o ponto de transformação de Edmundo como sentimos no livro. Apenas
no final do filme seus pensamentos e sentimentos são realmente expostos através
de atitudes. Com atitudes traiu e com atitudes se redimiu.
Oi! Adorei o post! As crônicas de Nárnia é minha paixão... beijo!
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Oi Isabella!
ExcluirFico feliz q tenha gostado, o especial está a todo vapor.
Logo trarei a resenha de mais uma crônica ^^
Bjo