Lançamento:
Novembro de 2014
Direção:
David Leitch e Chad Stahelski
Sinopse:
John Wick (Keanu Reeves) já foi um dos assassinos mais temidos da cidade de
Nova York, trabalhando em parceria com a máfia russa. Um dia, ele decide se
aposentar, e neste período tem que lidar com a triste morte de sua esposa.
Vítima de uma doença grave, ela já previa a sua própria morte, e deu de
presente ao marido um cachorro para cuidar em seu período de luto. No entanto,
poucos dias após o funeral, o cachorro é morto por ladrões que roubam o seu
carro. John Wick parte em busca de vingança contra estes homens que ele já
conhecia muito bem, e que roubaram o último símbolo da mulher que ele amava.
Alguns
disseram que este filme poderia ser à volta em grande estilo de Keanu Reeves
depois do suposto fracasso do filme 47 ronin. Digo suposto porque as pessoas
não entendem que aquele filme foi uma adaptação de um relato ficcional sobre um
grupo real de samurais do Japão do século XVIII que vingaram a morte de seu
mestre. Aquele filme foi extremamente fiel aos atos daquele povo naquela época.
Por isso não podíamos esperar romance ou coisas que normalmente o público gosta.
Voltando
para o filme em questão, antes de assistir o filme li uma crítica horrível
sobre o filme e muitos comentários opostos a aquela crítica. O que me deixou
ainda mais curiosa. Confiando no incrível gosto de Keanu para aceitar filmes,
fui ver para tirar minhas próprias conclusões sobre a trama. O cinema estava
muito vazio e não acho que estejam fazendo uma divulgação apropriada deste
filme, algo que tem sido muito corriqueiro no mundo do cinema.
Hoje
não temos mais nenhum referencial de bons filmes policiais e de ação, visto que
o gênero de ficção ou de adaptação de livros para o cinema tem tomado conta da
bilheteria. Então vemos a figura de John Wick, um assassino frio que trabalhava
com a máfia russa, aposentado e cuidando de sua esposa em estágio terminal de
uma doença. Ela morre e deixa um presente para ele. Ela o conhecia e sabia que
o único amor que ele nutria na vida era por ela e que ficaria com um imenso
vazio depois da partida dela, então organizou para que quando fosse enterrada
entregassem na casa de seu esposo um filhote de cão para que ele voltasse a
amar.
Este
é o único ponto que realmente me deixou insatisfeita no filme. Não há tempo
suficiente para que o espectador crie alguma conexão emocional com o cãozinho
ou com a esposa falecida logo no inicio do filme, mas todo o resto é perfeito
para o gênero de ação. Uma das muitas curiosidades do filme é que Keanu fez 90%
das cenas de ação.
John
Wick é retratado no filme como um dos piores assassinos que se poderia
enfrentar, o tipo de ser que se manda para matar um bicho papão e obtêm
sucesso. Essa é uma metáfora muito usada no filme todo para definir o
protagonista. Seus inimigos contam vários casos onde ele atuou e um dos que se
destaca é o fato de usar apenas um lápis para matar três pessoas num bar.
A
trilha sonora do filme é incrível, não há nenhum filme de ação que tenha visto
com aquele estilo de música, mas ele casou perfeitamente com as cenas de ação e
de reflexão de John. A mira da arma dele é perfeita, o que realmente não
poderia perder nem depois de cinco anos afastado, como se diz no filme,
aposentado. Sua personalidade fria e determinada faz com que ele fale muito
pouco e isso é um trunfo no filme. Não é preciso que ele fale ou explique o que
está sentindo, sua expressão facial e seu próprio silêncio passam todas as
informações necessárias.
Neste
filme podemos ver muitas referências dos dias atuais como ataques de guerrilha
no meio da rua. E grandes sociedades que fazem suas próprias leis como o Hotel
Continental, no qual todos os assassinos se hospedam e usam uma moeda especial
de assassinos para pagar os serviços. Naquele lugar é completamente proibido
que se façam negócios então quem quebra as regras é duramente punido.
Confesso
que fiquei totalmente conectada com o filme e torço muito para que continuem
fazendo mais filmes e gerem uma grande franquia. Quando o filme termina ficamos
ainda mais curiosos sobre o passado de John Wick e de como ele largou a máfia
para viver como uma pessoa comum juntamente com sua esposa.
Além
disso, seu futuro é totalmente incerto. Seria muito inapropriado criarem um par
romântico para ele neste filme, já que ele sofre a perda de sua esposa em todos
os momentos no filme, porém tenho a certeza que todos nós queremos um novo
herói de ação. Com um estilo diferente e que possa bater de frente com aquelas
famosas franquias que muitos de nós crescemos vendo como Máquina Mortífera e
Duro de Matar. Jonh Wick é um forte candidato a este posto.
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