quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

A Casa das Orquídeas – Lucinda Riley

Editora: Novo Conceito

Sinopse: Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park. E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.

Wharton Park, a casa da família Crawford, esconde muitos segredos que são revelados aos poucos pela Lucinda Riley de forma brilhante. Como diz uma amiga minha, é o tipo de livro que tem que ser lido com paciência, pois a leitura não é frenética e segue o ritmo emocional dos personagens que se encontram, na maioria das vezes, em sofrimento.

No inicio do livro, Júlia está no momento mais sombrio de sua vida e busca forças num velho chalé para poder superar essa crise. Ela perdeu seu marido e seu filho de dois anos num terrível acidente de carro na França enquanto fazia um recital de piano. Isso a faz ficar longe de uma das maiores felicidades de sua vida, o piano. Sua irmã Alícia foi à França e a trouxe para Inglaterra a fim de ficarem mais próximas e ela poder dar o apoio que sua irmã tanto necessitava. O problema é que Júlia não aceita esse apoio e continua se afastando de todos.


O passado começa a ser revirado quando Alicia tem a ideia de levar Júlia para um leilão em Wharton Park, uma propriedade na qual a família delas viveu durante muito tempo. Júlia reencontra Kit, não o via desde crianças, e acaba ocorrendo uma aproximação inesperada que desencadeia uma série de revelações sobre as duas famílias e como elas se conectaram ao longo de gerações.

O livro é muito extenso e é impossível falar de todos os fatos importantes então quero explanar sobre alguns personagens muito interessantes, como Kit Crawford. Ele é o “príncipe” do livro que entra na vida de Júlia para trazer felicidade e força. Mesmo possuindo uma história de vida triste ele não se deixa vencer pela tristeza e mostra que há um caminho de esperança para que Júlia possa superar sua própria tragédia.

Confesso que não gostava muito de Lídia, o grande amor de Harry Crawford, mas no final do livro pude realmente sentir o que a autora queria trazer sobre essa personagem. A pureza de seu sentimento é indiscutível. Harry é muito egocêntrico e mesmo com todas as escolhas que fez para o bem dos outros, só consigo ver que ele arruinou muitas vidas no caminho com a de Olívia, uma mulher admirável que fez tudo o que podia para ser feliz. Infelizmente não foi o suficiente.

No decorrer da leitura temos o período de guerra e também seus efeitos devastadores na vida dos personagens. Mas a geração de Júlia e Kit tem tudo para restaurar muito desses “efeitos” o que importa é realmente ter coragem para ser feliz. Algo que vemos pouco nos dias de hoje. Normalmente as pessoas se convencem fácil de que isso ou aquilo é impossível. Será mesmo? E se você colocar um pouco de esforço em sua atitude as coisas não poderiam ser diferentes? O livro traz uma séria de reflexões como essa e com certeza é uma ótima leitura.



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