Uns
preferem Judy Garland, outros Audrey Hepburn, eu prefiro Grace Kelly. E não é
porque ela se tornou a princesa de Mônaco, e sim por tudo o que ela realizou e
por todos os relatos de pessoas próximas a ela, e sobre quem ela era.
Neste
livro temos uma fotobiografia completa sobre a vida de Grace, desde criança até
sua morte. O que mais gostei é que fala de tudo o que ela fez, filmes, séries
de TV. Tudo mesmo. O livro está divido por assuntos e o único ponto negativo
que vi é que dentro desses assuntos não colocaram os fatos numa ordem
cronológica e aí fica um pouco confuso de inicio, até o leitor pegar o jeito da
narrativa. As fotos são incríveis e podemos sentir a sinceridade de Grace através
das palavras de Cindy, citações de Grace e amigos.
Grace
tinha três irmãos e sempre foi a mais tímida e quieta da família. Seu pai fez
fortuna no campo da construção e isso não era bem visto pelas pessoas de elite
da Filadélfia. O lema de seu pai, Jack Kelly, fez com que Grace realizasse coisas
maravilhosas: “Jamais seja uma pessoa que
recebe e não dá nada em troca. Tudo deve ser conquistado, com trabalho,
persistência e honestidade.”.
Quando
Grace manifestou que gostaria de ser atriz, esse fato não foi bem aceito pela
família e todos achavam que era um capricho e que logo passaria. Tentou entrar
em Bennington, pois tinha um excelente curso de dança e Grace fazia ballet, mas
não conseguiu. Com isso, voltou sua total atenção para a American Academy of
Dramatic Arts de Nova York, na qual ingressou. Mudou-se para Nova York. No
inicio seu pai ajudava financeiramente, mas logo conseguiu trabalhos como
modelo e além de se manter conseguiu devolver todo o dinheiro gasto por seu
pai.
Grace Kelly e Clark Glabe em Mogambo |
Seu
foco era o teatro, mas só conseguiu participar de uma peça na Broadway, The
Father, e depois fez algumas séries de TV. Com uma participação desfavorável no
filme Fourteen Hours, apareceu uma oportunidade melhor posteriormente, ser
coadjuvante de Gary Cooper em High Noon. Apesar de ninguém ter ficado
impressionado com sua atuação, esse filme abriu as portas de Hollywood para
ela. Foi então que apareceu uma proposta incrível, um contrato com a MGM por
sete anos e o primeiro trabalho seria o filme Mogambo, que seria filmado na
África. Ela não queria estar presa a um grande estúdio, mas a proposta de
filmar na África era muito tentadora. Acabou fechando o contrato com uma série
de restrições e daí por diante sua carreira deslanchou.
Cerimônia do Oscar de 1955 |
Grace
dava muito trabalho para os fotógrafos, não quando tiravam as fotos, mas no
trabalho de seleção posterior. Ela apagava qualquer foto que aparecesse demais
seus seios ou fotos em que seus olhos estavam mais lascivos. Não aceitava ter
esses tipos de retratos dela. Era uma católica fervorosa e tinha manias por
luvas e chapéus. Recebeu o Oscar de melhor atriz pela atuação em Amar é Sofrer
em 1955.
Príncipe Rainier e Princesa Grace |
Teve
uma infinidade de romances com seus pares de cinema, mas quem amou realmente
foi o Príncipe Rainier de Mônaco. Conheceram-se numa sessão de fotos conjunta
para Paris Mach, que queria juntar uma estrela do cinema com um príncipe de
verdade. Grace chegou atrasada no dia, mas surpresa ficou quando descobriu que
o príncipe estava mais atrasado. Ela chegou a ficar aborrecida e quando estava
pronta para ir embora ele chegou. Tudo foi extremamente rápido. A declaração de
Grace sobre isso foi: “Eu já estive
apaixonada antes, mas nunca como desta vez.”. Noivaram em 1956 e em 19 de
abril de 1956 houve o casamento do século.
Grace em Alta Sociedade |
Como
a MGM estava perdendo uma de suas atrizes mais famosa, Grace aceitou que
gravassem seu casamento e que fizessem a cobertura como se fosse um filme. MGM
deu de presente para o enxoval de casamento grande parte do figurino que usou
em seu último filme Alta Sociedade.
Bastidores do Filme Alta Sociedade |
Sua
lua de mel foi um cruzeiro ao redor do Mediterrâneo e logo procurou se adaptar
para sua nova vida. Cometeu muitas gafes até se acostumar com seus novos
afazeres. Chegou a receber uma nova proposta de filme do seu grande amigo
Alfred Hitchcook, a qual chegou a considerar e por fim rejeitou. Teve três
filhos e se dedicou a muitas obras de caridade. Numa manhã de setembro de 1982,
Grace nos deixou, gostaria de finalizar com uma frase de Grace Kelly no ano de
sua morte.
“Eu gostaria de
ser lembrada como alguém que realizou feitos úteis e que foi uma boa pessoa e
afetuosa. Gostaria de deixar a lembrança de um ser humano que agiu corretamente
e que fez o melhor que pode para ajudar os outros.”
Adorei o post! Confesso que conhecia bem pouco (quase nada) sobre ela, e foi muito bom saber mais a respeito. Esses livros de bibliografia são ótimos, a gente acaba descobrindo que aconteceu muita coisa na vida dos nossos próprios ídolos que nem fazíamos menor ideia
ResponderExcluirxx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br/
O mais legal do livro Carol é q quando vc começa a ler não consegue parar. Levei cerca de uns 2 ou 3 dias para ler o livro. Além de tudo tem fotos maravilhosas dela, inclusive de início de carreira. Esse livro é mais uma fotobiografia =)
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