quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Especial Nárnia – O Sobrinho do Mago

Crônica: O Sobrinho do Mago
Série: As Crônicas de Nárnia
Autor: C. S. Lewis
Editora: WMF Martins Fontes
Sinopse: A aventura começa quando Digory e Polly vão parar no gabinete secreto do excêntrico tio André. Ludibriada por ele, Polly toca o anel mágico e desaparece. Digory, aterrorizado, decide partir imediatamente em busca da amiga no Outro Mundo. Lá ele encontra Polly e, juntos, veem Aslam criar o mundo encantado de Nárnia, repleto de sol, árvores, flores, relva e animais.
Não posso deixar de iniciar essa resenha sem antes falar do narrador. Não sei ainda se os próximos contos tem a mesma visão de narrador, mas de uma coisa posso afirmar é um narrador incrível.
Sabe aquelas perguntas que se formam ao longo da narrativa? “Como isso aconteceu? De onde vieram? Por que agem dessa forma?” Posso dizer com clareza que o narrador responde todas as suas perguntas e outras que ainda nem pensou em perguntar. Além disso, podemos sentir um sentimento de amor pela história à medida que cada palavra é lida. Algo totalmente particular deste conto. (Se nos outros houver o mesmo teor irei avisá-los.).

À medida que o narrador, que é um ser em terceira pessoa, descreve cada passagem como se soubesse o futuro de cada um e no que cada personagem se tornaria, ele esmiúça cada detalhe da personalidade. O motivo de suas decisões. O que pensam em cada momento de dificuldade. Suas ambições e temores.
Digory é o personagem principal que foi para Londres ficar uma temporada na casa dos tios para que sua mãe, doente, pudesse receber tratamento. Mas todos estavam sem esperança quanto a sua recuperação. Enquanto fica lá, conhece Polly, que era sua vizinha, e juntos acabam criando uma grande amizade.
Temos também, a figura do tio André, um ser covarde que arquitetou uma forma de enviar para um mundo de magia (totalmente desconhecido) seu sobrinho e a amiga dele, Digory e Polly. Tal ato mostra a falta de caráter dele e outras tantas situações ao longo da trama nos fazem perceber que além de covarde ele anseia sempre por poder.
Quando Digory segue o mesmo caminho de Polly para trazê-la de volta eles acabam decidindo conhecer novos mundos e num deles Digory desperta uma feiticeira má chamada Jadis. Percebendo seu grande erro, o sobrinho ainda tenta levar ele e Polly em segurança para casa, mas a feiticeira acaba indo também para Londres. A grande confusão estava armada.

Em uma das tentativas de se livrar da feiticeira acabam levando ela e mais algumas pessoas para Nárnia que estava começando a ser criada por Aslam. Muito me impressionou a forma como Aslam cria Nárnia. Não vou contar o instrumento da ação para poderem descobrir por vocês mesmos e terem uma grande surpresa como eu tive.
Cada um dos que estavam em Nárnia reagiram de uma forma diferente ao encontrar com Aslam. Digory declarou seu erro ao despertar a feiticeira e acaba tendo esperanças que não tinha de salvar a vida de sua mãe. Ele tinha certeza que Aslam poderia salvá-la de alguma forma.
Com exceção das pessoas más da história, as outras quando viam Aslam podiam ver mais além do que viam. Esperança, paz, amor, compreensão, com certeza eram alguns desses sentimentos. A Feiticeira e o tio André corriam de medo de Aslam, sentiam repulsa e preferiam não encará-lo.
Durante o resto da história Digory foi tentado algumas vezes, mas se manteve firme e obteve uma recompensa que na verdade acabou virando várias.


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