Educating Caroline – Patricia Cabot

Editora: Essência

Sinopse: Durante um baile, Lady Caroline Linford abre a porta de um dos cômodos e flagra seu noivo, o marquês de Winchilsea, nos braços de outra mulher. Para a sociedade vitoriana do século XIX, tais escapulidas masculinas eram normais, e cancelar o casamento seria impensável. O jeito, decide a jovem, é aprender a ser, ao mesmo tempo, a esposa e a amante, para que o marquês nunca mais tenha de procurar outra mulher fora do lar. Por isso, resolve tomar lições - teóricas, claro - sobre a arte do amor com o melhor dos professores: Braden Granville, o mais notório libertino de Londres. Logo nas primeiras aulas começam a voar faíscas e as barreiras entre professor e aluna caem. 

Começo essa resenha fazendo um protesto sobre o nome do livro. Se fosse apenas pelo nome do livro não compraria. Na verdade estava muito curiosa pela escrita de Patricia Cabot, já que a maioria sabe que esse é um pseudônimo para a escritora Meg Cabot. Ela usou esse nome nos anos 90 quando publicou suas primeiras obras. Depois que conseguiu reconhecimento passou a usar seu próprio nome. Nem preciso dizer que ela é uma das minhas escritoras favoritas e autora de séries de sucesso como O Diário da Princesa e A Mediadora.

Voltando ao protesto em relação ao nome do livro... Ele não é o livro que aparenta ser. Claro que tem a parte das "lições" (que são no máximo umas 3), mas tem muita coisa acontecendo na história. Caroline encontra seu noivo em uma situação muito comprometedora com a noiva de Braden. E quando percebe que não pode desistir do casamento apenas por causa disso, muda de atitude e tenta reconquistar o interesse de seu noivo por ela.

É quando Braden entra, além disso ela descobre que ele quer tentar se separar de sua noiva sem ter que pagar multa ou algum suborno por não cumprir o acordo, então Caroline entrará como testemunha no tribunal para livrá-lo dos inconvenientes.

O compromisso de casamento com Caroline do marquês se deu por uma dívida de gratidão. Ele salvou a vida de seu irmão, o conde. Com o pai de Caroline já falecido, naturalmente seu único irmão herdou o título. A família dela tinha recebido um título na geração de seu pai, mas apesar disso era bastante abastarda financeiramente por causa do trabalho de seu pai. Já o marquês tinha título e prestígio, mas não tinha dinheiro. Quando ele propôs a Caroline, ela não pôde rejeitar devido a gratidão de toda família. A verdade nisso é que ela não conhecia o amor e a gratidão que ela sentia pelo marquês a fez confundir vários sentimentos.

Braden, é um homem de armas (literalmente), ele ganhou dinheiro na vida fabricando armas e se tornou famoso por isso, mas ainda não possuía nenhum título, então nada melhor do que casar com uma filha de um duque para amenizar essa falha dentro da nova sociedade que adentrava.

Esse podemos dizer ser o casal principal, mas como disse tem muita coisa acontecendo. Os motivos que levaram seu irmão receber um tiro no coração são muitos e bem encobertos que só vamos descobrir no meio do livro. Ainda temos a melhor amiga de Caroline, uma feminista convícta que fundou a "associação do sulfrágio feminino". Claro que ela sempre entra em confusão com a polícia e quem a resgata sempre é Caroline.

Os amigos de Branden também são muito interessantes e confiáveis, o que naquela época, ter amigos assim, era um dádiva. A relação dele com Caroline sempre é muito tempestuosa, mas adorável.

O livro cumpre o que promete inicialmente e se revela muito mais profundo do que poderíamos imaginar. Além de retratar de uma forma muito viva a sociedade daquela época e seus preconceitos. Com certeza indico a leitura do livro, mas apesar de tudo que falei aqui, ele continua sendo um livro hot, então estejam preparados para esse aspecto também.